Doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O que muitas pessoas não sabem é que a saúde da boca pode ter impacto direto no coração. Infecções bucais, como a periodontite, liberam bactérias e toxinas na corrente sanguínea, favorecendo processos inflamatórios que aumentam o risco de complicações cardíacas.
Manter uma boa saúde bucal, portanto, vai além da estética: é também uma forma de proteger o coração.
DOENÇAS DO CORAÇÃO ASSOCIADAS À SAÚDE BUCAL
A boca é uma das principais portas de entrada de microrganismos no organismo. Quando há infecções dentárias ou gengivais, como abscessos, gengivite e periodontite, bactérias podem atingir a corrente sanguínea e causar inflamações em outros órgãos, incluindo o coração.
Entre as complicações mais preocupantes estão:
? Endocardite infecciosa;
? Aterosclerose e infarto do miocárdio;
? Acidente Vascular Cerebral (AVC).
QUEM ESTÁ MAIS EM RISCO?
Alguns grupos apresentam maior vulnerabilidade à relação entre saúde bucal e doenças do coração:
? Pessoas com doença periodontal avançada;
? Portadores de próteses cardíacas ou válvulas artificiais;
? Pacientes com histórico de endocardite;
? Pessoas com diabetes descontrolada;
? Idosos, fumantes e imunossuprimidos.
PREVENÇÃO: BOCA E CORAÇÃO PROTEGIDOS
A prevenção começa com hábitos simples e consultas regulares ao cirurgião dentista. Entre as principais medidas estão:
- Escovar os dentes ao menos três vezes ao dia, usar fio dental e, quando indicado, enxaguante bucal;
- Realizar visitas periódicas ao dentista para prevenção e tratamento precoce de problemas;
- Controlar fatores de risco como tabagismo, diabetes, hipertensão e obesidade;
- Em pacientes de alto risco, seguir a recomendação do profissional de saúde sobre o uso de antibióticos preventivos antes de procedimentos odontológicos.
O PAPEL DO CIRURGIÃO DENTISTA
O cirurgião-dentista tem papel estratégico na prevenção das doenças cardiovasculares. Além de diagnosticar e tratar infecções bucais, ele orienta pacientes sobre cuidados de higiene, acompanha casos de risco e atua de forma integrada com médicos e outros profissionais da saúde.
Informe ao seu dentista sobre condições cardíacas antes de qualquer procedimento odontológico, para garantir maior segurança e eficácia no tratamento.