O QUE É A FISSURA LABIOPALATINA?

A fissura labiopalatina ocorre quando há falha na fusão dos processos faciais durante a gestação. Essa alteração pode se manifestar de diferentes formas:

  • Fissura labial: abertura parcial ou completa do lábio superior.
  • Fissura palatina: abertura que compromete o palato, podendo dificultar deglutição e fala.
  • Fissura labiopalatina: combinação das duas anteriores, com comprometimento do lábio, maxila e palato.

A IMPORTÂNCIA DO CIRURGIÃO-DENTISTA

O cirurgião-dentista, especialmente o bucomaxilofacial, tem protagonismo nos procedimentos de correção cirúrgica. As primeiras intervenções ocorrem ainda no início da vida, geralmente antes dos 2 anos, com o objetivo de restaurar funções básicas como respiração, sucção e fala. Em fases posteriores, podem ser necessários enxertos ósseos, ortodontia e até cirurgias ortognáticas, que corrigem discrepâncias esqueléticas e melhoram a estética facial.

ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR

O tratamento vai além da Odontologia. Para que o paciente alcance a reabilitação completa, é necessário o trabalho conjunto de várias áreas da saúde: cirurgia plástica, fonoaudiologia, psicologia, fisioterapia, otorrinolaringologia, enfermagem, etc. Na Odontologia, além do bucomaxilofacial, destacam-se ortodontistas, odontopediatras e dentistas restauradores, cada um atuando em fases específicas do cuidado.

IMPACTOS NA VIDA DO PACIENTE

Crianças com fissura labiopalatina enfrentam dificuldades desde cedo, como problemas de amamentação, fala e respiração. Na adolescência e vida adulta, a condição pode impactar na autoestima e no convívio social, tornando o tratamento não apenas uma questão de saúde, mas também de inclusão e qualidade de vida.

O atendimento odontológico é fundamental para garantir que pacientes com fissura labiopalatina tenham acesso a uma reabilitação completa. A atuação do cirurgião-dentista, em conjunto com outras especialidades, permite não apenas restaurar funções básicas, mas também devolver confiança, autoestima e dignidade aos pacientes. Investimentos em políticas públicas e em centros de referência são essenciais para ampliar o acesso a esse cuidado tão necessário.

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